sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Oscar 2009: sem surpresas entre os vencedores

Quase acertei todas esse ano, hein? Foram apenas quatro erros de categorias complicadas mesmo. E ainda sim, em duas delas, passei bem perto.

Efeitos visuais
Meu voto: "Batman - O cavaleiro das trevas"
Vencedor: "O curioso caso de Benjamin Button"

Nas minhas primeiras apostas, "Benjamin Button" levava essa categoria, mas acabei preferindo "Batman", bem em cima da hora.

Canção original
Meu voto: "O...Saya", de "Quem quer ser um milionário?"
Vencedor: "Jai ho", de "Quem quer ser um milionário?"

Errei a canção, mas acertei o filme! rs Meio ponto né? Mas já que era para dar o prêmio a "Quem quer ser um milionário?", acredito que "O...Saya" fosse melhor que "Jai ho".

Mixagem de som
Meu voto: "Batman - O cavaleiro das trevas"
Vencedor: "Quem quer ser um milionário?"

Tiro totalmente no escuro! Não tinha visto quem o sindicato dos profissionais de som tinha premiado, portanto, dei mole.

Filme em língua estrangeira
Meu voto: "The class", da França
Vencedor: "Departures", do Japão

Minha única certeza aqui era que "Valsa com Bashir", tido como favorito, não ia levar. Nenhum favorito tem levado essa categoria nos últimos anos. Foi assim em 2007, quando o mexicano "O labirinto do fauno" perdeu para o alemão "A vida dos outros"; em 2006, com a vitória do sul-africano "Infância roubada" sobre o palestino "Paradise now"; e em 2003, o caso mais ilustrativo, quando eram favoritos o mexicano "O crime do Padre Amaro" e o chinês "Herói", mas Oscar acabou ficando com o alemão "Lugar nenhum na África". Desta vez, foi o japonês "Departures" que levou a melhor sobre o vencedor de Cannes (meu único parâmetro para votar nele), "Entre les murs" ("The class", em inglês).

Mas o fato de eu acertar as outras categorias, não diz muita coisa sobre minha capacidade de avaliar os filmes, mas diz sobre a previsibilidade dos vencedores. Depois de uma enxurrada de premiações como o Globo de Ouro, o Bafta (o Oscar britânico) e os prêmios distribuídos pelos sindicatos da cada categoria, fica quase impossível errar os vencedores das principais categorias do Oscar.

Como a maior parte dos membros da Academia é composta por atores e atrizes, o prêmio do SAG, o sindicato dos atores, é o mais representativo da temporada pré-Oscar. O Globo de Ouro, considerado por muitos como a prévia do Oscar, é distribuído pelos jornalistas estrangeiros que trabalham em Hollywood, portanto, não diz muita coisa sobre o que esperar do Oscar, na minha opinião, já que nenhum membro da Academia é jornalista, muito menos estrangeiro.

Para se ter uma idéia, o prêmio de melhor ator dramático no Globo de Ouro ficou para Mickey Rourke, pelo papel em "O lutador", e o Oscar ficou para Sean Penn, por "Milk - A voz da igualdade", que também venceu o SAG Awards.

Os prêmios vencidos por "Quem quer ser um milionário?" também já eram esperados, até porque o filme ganhou TODOS os prêmios de melhor filme que antecederam o Oscar. Quantos às categorias técnicas, pode-se até discutir alguma coisa (os prêmios de trilha sonora e canção, por exemplo, podem ter sido incentivados pelo clima de oba-oba em torno do filme), mas o filme de Danny Boyle é tecnicamente bem feito mesmo. Azar de "O curioso caso de Benjamin Button", que, com 13 indicações, levou apenas prêmios de arte (direção de arte, maquiagem e efeitos visuais). E já foi de bom de tamanho!

Das principais, a categoria mais complicada de acertar foi a de atriz coadjuvante, e por uma questão burocrática. Kate Winslet disputou a maioria dos prêmios pré-Oscar nas categorias de atriz principal e atriz coadjuvante, por "Foi apenas um sonho" e "O leitor", respectivamente. Em todas as premiações em que concorreu com "O leitor", levou a categoria de atriz coadjuvante. Mas no Oscar, foi indicada como atriz principal pelo mesmo filme e levou a estatueta. Logo, a categoria que premiaria a atriz codjuvante abria espaço para outras atrizes, como Amy Adams, Viola Davis e Penélope Cruz. A espanhola acabou levando a melhor.



Sem muitas supresas, portanto, o grande destaque da noite, além dos 8 Oscars de "Quem quer ser um milionário?", foi a cerimônia em si, que foi muito bem produzida (ao contrário da edição insossa do ano passado), e Hugh Jackman, que dominou o palco. Estava à vontade, conversava e brincava com os atores na primeira fila (até sentou no colo de Frank Langella!), cantou, dançou, fez piada, enfim, completo. Jackman surpreendeu, mostrando diversas facetas que podem até lhe render trabalhos diferentes, e não apenas o de galã ou de herói brutamontes. Quem sabe um musical de Baz Luhrmann, já que os dois trabalharam juntos em "Austrália" e ainda em um número musical apresentado no Oscar?

Portanto, no ano que vem, fica a dica, bem prática e com muitas chances de acerto. Quem quiser ganhar um bolão, não deixe de ver quem os sindicatos de cada cetagoria premiou, principalmente o dos atores.

Um abraço e até a próxima!

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